quinta-feira, 29 de abril de 2010

Contrastes e calafrios

As políticas deste país metem um bocadinho de nojo. Agora são os cortes no subsídio de desemprego. Concordava se houvesse, como noutros tempos, empregos para todos, tempos em que só não trabalhava quem era malandro. As coisas agora não são bem assim. Os empregos, caso os senhores que mandam não tenham reparado, não abundam. De forma que retirar ao subsídio de desemprego como forma de motivar as pessoas a procurarem trabalho parece-me uma medida tonta.
O que eu gostava mesmo de ver era os senhores ministros a abdicarem das suas benesses, a irem para os seus trabalhos de transportes públicos ou em carros particulares, sem motoristas, secretárias e assessores. Gostava que os seus vencimentos fossem menos gordos, para se equilibrarem as contas públicas. Gostava que as reformas não se acumulassem nos bolsos de alguns enquanto que os outros têm que sobreviver com uma miséria de pensão. Gostava também de saber como é que esta malta consegue encostar a cabeça no travesseiro e dormir descansada.

Encanto

No outro dia fui a um café. A minha filha mais velha queria um gelado, comprei-lho e ela estava a comê-lo, com a indiferença de quem come gelados quando quer. Entrou um casal de avós com a neta, menina talvez com uma década de vida. Dirigiram-se à arca dos gelados e a menina implorava ao avô: vá lá! deixa, deixa, vá lá! O avô acedeu ao pedido da neta, com um sorriso de ternura mas com um ar de quem estava a dispender um pouco mais do que o pensado. A pequena atirou-se ao gelado com uma satisfação que há muito não via. O avô, num acto extravagante, pediu um fino. A avó pediu para beber um golinho. Ficaram todos com um ar prazenteiro, perante uma tarde de excessos. Gostei de ver. Era bom que todos ficássemos gratos e nos deixássemos encantar por estes pequenos prazeres da vida.

Obrigada!

Foi por uma unha negra que fui convidada para o III Encontro de Escritores. Ainda bem que a Junta de Ovar apoiou a edição do meu livro e ainda bem que marcámos a data do evento para 10 de Abril. Tudo isto porque a Câmara Municipal organizou o dito encontro que, para além de uma palestra, incluiu a presença de companhias de teatro e outras que apresentaram textos de escritores vareiros, mas na rua. A Contacto está de parabéns, sobretudo pelo seu cicerone, de se lhe tirar o chapéu! O Sol de Alma brilhou mais uma vez, com as excelentes apresentações que fez... parabéns também ao Carpe Diem e a todos, todos, todos. Foi uma tarde inesquecível. Obrigada pelos mimos. Começo a habituar-me.

domingo, 18 de abril de 2010

Amizades virtuais

Pois esta história do facebook ainda não bate muito bem na minha cabeça. Esta cena marada de receber mensagens a dizer que o Zézinho Da Esquina quer ser meu amigo tem muito que se lhe diga... Estou como o outro: eu ainda sou do tempo em que as amizades se construiam ao longo dos anos, em que primeiro eramos amigos dos vizinhos, com quem brincávamos na rua, depois passávamos para os colegas da escola e assim por diante. Isto de ser amiga de pessoas que não conheço não dá muito para mim. Digam-me lá: tem alguma lógica o Zé Da Esquina, que mora aqui a dois passos, querer ser meu amigo e não me vir dizer isso cara a cara? Pode vir, que eu não mordo! E se é para não pagar o café, venha sem medos que eu prometo que fazemos contas à moda do Porto! Perdoem-me, mas é muita mordenice para os meus fígados.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O beijinho que ficou por dar

Este fim-de-semana foi de mais! No Sábado foi o lançamento do meu livro infantil, na Junta de Ovar. Familiares e amigos fizeram questão de estar presentes e recebi muitos, muitos mimos! À noite foi a comemoração do aniversário da minha sobrinha A. e mais uma oportunidade para revermos a família e estarmos todos juntos em convívio. No Domingo, almocinho fora com filhotas, papás e mana e a seguir, concerto do Orfeão na Igreja Matriz. Ó R. tens cá um vozeirão! Quero ouvir-te mais vezes!
Depois, uma caminhadinha e tempo para nos reorganizarmos para mais um período de trabalho. Obrigada a todos por estes momentos únicos e irrepetíveis. Sou uma abençoada!

sábado, 3 de abril de 2010

Feliz Páscoa


Já houve tempos em que o tempo que antecede a Páscoa e a própria Páscoa me diziam muito. Fazia penitências que me custavam na altura, ia às celebrações todas e a minha fé era verdadeira e inabalável. Participava na Vigília Pascal e o dia de Páscoa era mesmo um dia de festa. Hoje tudo isto não me diz absolutamente nada.
Ora como não participámos nas cerimónias, ficámos em casa. Eis senão quando a mais velha diz que quer fazer um bolo. E fez! Sozinhinha! E não é que ficou de comer e chorar por mais! Bela estreia!