segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Balelas

Na quinta-feira passada esperei todo o dia por um telefonema que não chegou a existir. A história de que basta querer muito uma coisa para que ela aconteça, não passa de uma balela. Não basta nós querermos muito uma coisa. É preciso que os outros a tornem possível.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Do que as pessoas são capazes

Há uns anos atrás estive de baixa por esta altura. A minha baixa terminou no dia 23 de Dezembro e, por isso, apresentei-me ao trabalho no dia 24 de Dezembro. Não estava mais ninguém no local de trabalho. Uma amiga e um amigo passaram por lá, para ver como estava a sobreviver à situação. Por lá passou também uma outra pessoa, interessada em saber se me tinha apresentado ao serviço, não fosse às vezes ter-me distraído e tudo seria mais simples. Passei todo o dia 24 sozinha, sem nada para fazer. À hora de sair, saí, com a certeza de que as pessoas, mesmo aquelas que, num determinado tempo, pensámos conhecer bem, são capazes de tudo.

Rir

A minha filha mais velha diz que eu levo uma vida triste. Sabem porquê? Porque diz que eu acho graça a tudo! E que quando acho graça a uma piada, não páro de a contar.
Os segundos que separaram a frase dita pela minha filha e a justificação da mesma deixaram-me mesmo triste. Mas depois fiquei radiante. Não quero perder nunca a vontade de sorrir e de rir. E sim, ainda acho graça a muita coisa e ainda me encanto com frequência.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presente de Natal

O Natal dos Hospitais, tal como o Festival da Canção, era um acontecimento. A televisão ficava ligada durante todo o dia, apesar de já sabermos que os nomes mais sonantes do panorama musical português actuavam no final da emissão. Em alguns anos era nesse mesmo dia que se fazia a árvore de Natal. Era, por tudo isto, uma ocasião mágica. Hoje também deu esta maratona, eu ouvi anunciar, mas não tive a oportunidade de ver. Quando liguei já ia a festa no Michael Carreira, o que significava que o prato estava no fim. E estava mesmo. Depois veio o pai e depois, o Coro de Santo Amaro de Oeiras. E, de repente, lembrei-me de um excelente presente que me podiam dar neste Natal. A mim e a muitos portugueses. Dava para inventarem outra letra e outra música de Natal? É que mais de 30 natais a ouvir "A todos um bom Natal", parece-me suficiente. Aliás, eu tenho para mim que as vozes ainda são as originais, que os miúdos que ouvimos terão, no mínimo, uns 40 anos também. Portugueses, unam-se por esta causa: não queremos ouvir o "A todos um bom Natal" nos próximos 30 anos. Três décadas parecem-me suficientes para alguém criar outra música e outra letra. E aos 70 anos, voltamos a falar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bazar Ikea

No passado sábado lá fui eu, a minha mana (que é quase tão doida como eu) e a filhota mais velha participar no 1º Bazar do Ikea. No dia anterior tinha carregado o carro - qual feirante experiente - com os objectos para venda. Levamos muita coisa, desde bomboneiras de cristal até porquinhos mealheiros, passando por dois candeeiros de tecto. Outras três dezenas de pessoas fizeram questão também de participar na iniciativa e o espaço transformou-se numa feira, onde não faltou algum artesanato e alguns móveis. Foi um dia diferente, bem passado, diria eu, onde entregamos as coisas que já não usamos a novos donos. O que mais me fascina neste tipo de eventos é saber que aquilo que não me serve faz jeito a outras pessoas. Vendemos coisas a um euro e a dois e muitas pessoas confessaram que aquelas seriam prendinhas de Natal.
Para quem não teve a oportunidade de ir ao Bazar e ainda quer adquirir prendinhas ao preço da chuva, informo que rapidamente posso fazer uma feirinha no meu lugar de garagem. Ainda tenho bomboneiras, os dois candeeiros de tecto, uma moldura dupla, outros objectos de decoração, tudo a preços muito simpáticos. É aproveitar, freguês, é aproveitar!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Natal

Eu gosto desta quadra natalícia. As luzes, os enfeites, os presentes, os doces, enfim, gosto de tudo. Também gosto de comprar e embrulhar presentes e gosto deste exercício de escolher o presente certo para aquela pessoa. Adoro quando encontro, sem procurar muito, o presente certo e este, para mim, é o maior desafio de todos: olhar para aquilo e saber que aquela pessoa vai adorar. Porque às vezes, e mesmo convivendo amiúde com certas pessoas, conhecemo-las muito mal, não é? E o Natal põe isso a descoberto... dar uns chinelos a quem queria um lenço, dar um livro a quem gostava mesmo era do cd põe a nu que, afinal, não conhecemos, pelo menos tão bem quanto parecia, aquela pessoa... talvez seja por causa disso que eu dispenso as surpresas e prefiro fazer uma lista com o que quero... para evitar riscos e confrontar-me com a triste realidade: ninguém me conhece! Para além disso, estamos em crise e é chato estar a gastar dinheiro para ouvir um "que giro!" quando, no olhar estamos a ler "para que é que eu quero isto? Com metade do que gastaste tinhas-me dado umas meias, que fazem sempre jeito, ou um gel de banho, ou outra coisa mais utilitária".
Também gosto dos presentes - os que dou e que recebo - que me fazem rir. Há uns quatro anos atrás, e quando andava à procura de presentes para os mais pequenos, vi uma máquina de lavar louça muito engraçada, que fazia o barulho de uma máquina real e parecia que tinha água de verdade. A minha mãe, por brincadeira, comprou-me a máquina! Foi uma risota total!