segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Balelas

Na quinta-feira passada esperei todo o dia por um telefonema que não chegou a existir. A história de que basta querer muito uma coisa para que ela aconteça, não passa de uma balela. Não basta nós querermos muito uma coisa. É preciso que os outros a tornem possível.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Do que as pessoas são capazes

Há uns anos atrás estive de baixa por esta altura. A minha baixa terminou no dia 23 de Dezembro e, por isso, apresentei-me ao trabalho no dia 24 de Dezembro. Não estava mais ninguém no local de trabalho. Uma amiga e um amigo passaram por lá, para ver como estava a sobreviver à situação. Por lá passou também uma outra pessoa, interessada em saber se me tinha apresentado ao serviço, não fosse às vezes ter-me distraído e tudo seria mais simples. Passei todo o dia 24 sozinha, sem nada para fazer. À hora de sair, saí, com a certeza de que as pessoas, mesmo aquelas que, num determinado tempo, pensámos conhecer bem, são capazes de tudo.

Rir

A minha filha mais velha diz que eu levo uma vida triste. Sabem porquê? Porque diz que eu acho graça a tudo! E que quando acho graça a uma piada, não páro de a contar.
Os segundos que separaram a frase dita pela minha filha e a justificação da mesma deixaram-me mesmo triste. Mas depois fiquei radiante. Não quero perder nunca a vontade de sorrir e de rir. E sim, ainda acho graça a muita coisa e ainda me encanto com frequência.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presente de Natal

O Natal dos Hospitais, tal como o Festival da Canção, era um acontecimento. A televisão ficava ligada durante todo o dia, apesar de já sabermos que os nomes mais sonantes do panorama musical português actuavam no final da emissão. Em alguns anos era nesse mesmo dia que se fazia a árvore de Natal. Era, por tudo isto, uma ocasião mágica. Hoje também deu esta maratona, eu ouvi anunciar, mas não tive a oportunidade de ver. Quando liguei já ia a festa no Michael Carreira, o que significava que o prato estava no fim. E estava mesmo. Depois veio o pai e depois, o Coro de Santo Amaro de Oeiras. E, de repente, lembrei-me de um excelente presente que me podiam dar neste Natal. A mim e a muitos portugueses. Dava para inventarem outra letra e outra música de Natal? É que mais de 30 natais a ouvir "A todos um bom Natal", parece-me suficiente. Aliás, eu tenho para mim que as vozes ainda são as originais, que os miúdos que ouvimos terão, no mínimo, uns 40 anos também. Portugueses, unam-se por esta causa: não queremos ouvir o "A todos um bom Natal" nos próximos 30 anos. Três décadas parecem-me suficientes para alguém criar outra música e outra letra. E aos 70 anos, voltamos a falar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Bazar Ikea

No passado sábado lá fui eu, a minha mana (que é quase tão doida como eu) e a filhota mais velha participar no 1º Bazar do Ikea. No dia anterior tinha carregado o carro - qual feirante experiente - com os objectos para venda. Levamos muita coisa, desde bomboneiras de cristal até porquinhos mealheiros, passando por dois candeeiros de tecto. Outras três dezenas de pessoas fizeram questão também de participar na iniciativa e o espaço transformou-se numa feira, onde não faltou algum artesanato e alguns móveis. Foi um dia diferente, bem passado, diria eu, onde entregamos as coisas que já não usamos a novos donos. O que mais me fascina neste tipo de eventos é saber que aquilo que não me serve faz jeito a outras pessoas. Vendemos coisas a um euro e a dois e muitas pessoas confessaram que aquelas seriam prendinhas de Natal.
Para quem não teve a oportunidade de ir ao Bazar e ainda quer adquirir prendinhas ao preço da chuva, informo que rapidamente posso fazer uma feirinha no meu lugar de garagem. Ainda tenho bomboneiras, os dois candeeiros de tecto, uma moldura dupla, outros objectos de decoração, tudo a preços muito simpáticos. É aproveitar, freguês, é aproveitar!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Natal

Eu gosto desta quadra natalícia. As luzes, os enfeites, os presentes, os doces, enfim, gosto de tudo. Também gosto de comprar e embrulhar presentes e gosto deste exercício de escolher o presente certo para aquela pessoa. Adoro quando encontro, sem procurar muito, o presente certo e este, para mim, é o maior desafio de todos: olhar para aquilo e saber que aquela pessoa vai adorar. Porque às vezes, e mesmo convivendo amiúde com certas pessoas, conhecemo-las muito mal, não é? E o Natal põe isso a descoberto... dar uns chinelos a quem queria um lenço, dar um livro a quem gostava mesmo era do cd põe a nu que, afinal, não conhecemos, pelo menos tão bem quanto parecia, aquela pessoa... talvez seja por causa disso que eu dispenso as surpresas e prefiro fazer uma lista com o que quero... para evitar riscos e confrontar-me com a triste realidade: ninguém me conhece! Para além disso, estamos em crise e é chato estar a gastar dinheiro para ouvir um "que giro!" quando, no olhar estamos a ler "para que é que eu quero isto? Com metade do que gastaste tinhas-me dado umas meias, que fazem sempre jeito, ou um gel de banho, ou outra coisa mais utilitária".
Também gosto dos presentes - os que dou e que recebo - que me fazem rir. Há uns quatro anos atrás, e quando andava à procura de presentes para os mais pequenos, vi uma máquina de lavar louça muito engraçada, que fazia o barulho de uma máquina real e parecia que tinha água de verdade. A minha mãe, por brincadeira, comprou-me a máquina! Foi uma risota total!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Abuso de poder

Às vezes ponho-me a pensar no que levará as pessoas a abusarem do seu poder para humilharem as outras. O que as faz falar "do alto da burra" para com os outros que, hierarquicamente, estão numa posição mais abaixo. O que sentirão por dentro? Alegria? Satisfação? Poder? Porque julgarão ter o direito de tratar os outros de maneira agressiva? O que lhes confere o direito de indispor as pessoas? Qual a medida do seu sofrimento? Sim, porque pessoas que agem assim, só podem estar gravemente doentes, feridas, magoadas. Ninguém de bom senso agride outra só porque sim.
Há uns bons anos atrás tive que trabalhar com uma pessoa sistematicamente mal encarada. Já toda a gente se tinha habituado àquelas trombas, mas eu não conseguia, porque não encontrava, em mim, justificação para merecer tal tratamento. No Natal escrevi-lhe um postal a dizer que um dos meus pedidos era que ele sorrisse mais e fizesse as pazes com a vida. Mandou-me chamar. E sorriu perante a ousadia. Gostava de continuar a ser essa jovem, cheia de vontade de mudar o mundo. Mas, sinceramente, já não tenho pachorra. Ou força. Ou ambas as coisas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

É pr'acabar

No final deste mês vou encerrar as contas referentes à venda desta obra-prima da literatura infantil. Por isso, quem quiser adquirir um dos últimos exemplares, faça o favor de se dirigir à Papelaria Ímpar. É uma boa sugestão para uma prendinha de Natal!
Agradeço, desde já, a todos quantos o compraram e mais ainda as palavras de incentivo que me dirigiram. Mas não, para já não está mais nenhum na forja. Já gerei, já escrevi um livro e que me perdoe a Natureza, mas ainda não vou plantar nenhuma árvore. Deixo isso para mais tarde, não vá o diabo tecê-las e achar que a minha missão acabou!

Cheirinho a Natal


A crise, os telejornais, os jornais deixam-nos de rastos. Não há astral que sobreviva a tanto negrume. Deixamo-nos abater e tornamo-nos uns condenados às mãos de uns carrascos. Já não queremos sorrir, nem rir, nem brincar. Só queremos andar com frio, cabisbaixos e a rogar pragas ao governo, ao sistema, aos incompetentes. Vivemos assim há tanto tempo que já não conseguimos ser de outra forma. Ou será que ainda conseguimos? Quem ganha com este nosso ar, soturno e sombrio? Ouço e digo, muitas vezes, que é muito bom sermos pequeninos. E será que não conseguimos, pelo menos de vez em quando, sermos pequeninos outra vez? Nem será preciso recurar tanto... será que não conseguimos voltar, nem que seja por breves momentos, aos tempos de juventude, em que as paixões nos motivavam a acordar mais cedo, a pintar os olhos e os lábios, a vestir uma roupa toda janota? A sentir que tudo era possível, bastava querer com muita, muita força?

A nossa casa já cheira a Natal. Foi uma forma que encontramos de deixar o cinzento lá fora.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Homenagem

A minha tia Rosinha era irmã da minha mãe. Mas hoje acho que tínhamos mais uma relação de avó-neta do que tia-sobrinha. Não sei como é uma relação avó-neta, porque não conheci a minha avó materna e a minha avó parterna morreu quando eu era pequenina. Mas uma relação avó-neta era bem capaz de ser como aquela que eu tinha com a minha tia Rosinha. Ela era linda, com uns olhos azuis como nunca vi outros. Casou tarde, com o meu tio Alberto, que era também uma pessoa muito sui-generis. Não concordava com tudo o que ele dizia e fazia, mas gostava da forma como ele se instruia. Lia, lia muito, sobretudo livros relacionados com a história contemporânea. Às vezes era um cadinho aborrecido, mas enchia uma casa, sem dúvida, com os seus constantes pedidos disto ou daquilo. A minha tia Rosinha lá andava, para trás e para a frente, a fazer-lhe as vontades. Mais tarde reparei que não era só a ele. A minha tia Rosinha gostava de fazer os miminhos todos que podia. Numa ocasião, a minha mãe chateou-se comigo por eu não estar a colaborar com ela na cozinha, para o meu lanche de aniversário. Quem me estendeu os braços? A minha tia Rosinha. "Não chores, não chores, isto passa". É isto que as avós fazem, não é? Depois, já mais velha, fui morar com ela (o meu tio morreu entretanto). Um dia caí na asneira de dizer que já não comia cavalas há muito tempo... bem, a refeição seguinte foi cavalas mas que davam para mais 5 pessoas! Comi, comi, e depois sofri, sofri! Mas a minha tia era assim: ficava feliz quando comíamos tudo o que nos punha no prato. O problema é que isso raramente acontecia, porque ela servia doses industriais! Já muito depois, quando nos vinha visitar a casa dos meus pais, eram sempre fins-de-semana diferentes, gostava muito de a ter cá. Era simples e vivia com simplicidade. Não teve filhos mas criou dezenas de crianças. Um cancro levou o seu corpo daqui. Mas ela e os seus olhos azuis continuam cá. E o seu exemplo de vida também.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sem sentido

Hoje, a pedido da minha mãe, fui à missa. E é engraçado ver como mudamos ao longo dos tempos. Tudo aquilo, que me disse tanto durante muitos anos, não me diz absolutamente nada. Fiz a catequese, a primeira comunhão, a solene, a profissão de fé... já jovem, ia a todas, pertenci a vários movimentos, encenei e participei em várias peças e danças sobre Cristo, S. Francisco de Assis, enfim... vivi com muita intensidade a minha fé, defendia pontos de vista, rezava durante horas, cheguei a ir a mais do que uma missa no mesmo dia e hoje, com os olhos de hoje, olho para tudo e não vejo nada. Não encontro a lógica, não encontro o sentido, não encontro a coerência... Fui à missa mas não consegui fazer o que me pediram que era rezar pelos familiares que já faleceram. Guardo-os no meu coração, lembro-me deles muitas vezes mas sei, sinto, que todos estão em paz. Orar por eles, na minha opinião, é lembrar-me do seu exemplo de vida e melhorar a minha atitude perante os outros e perante as coisas. Por isso sinto que oro por eles muitas vezes. E não preciso de uma missa para o fazer.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Inevitável

Ontem, enquanto folheava um livro sobre saúde (que deve ter os seus 30 anos, mas ninguém lhe dá essa idade, está muito bem conservado) deparei-me com a seguinte frase: "Para a maioria das mulheres, ter um filho é um acontecimento natural e inevitável". A parte do natural está muito bem, mas a parte do inevitável tem graça, não tem? Eu, pelo menos, fartei-me de rir! A menina nasce, cresce, faz-se mulher e pumba, não adianta fugir que, mais cedo ou mais tarde, há-de cair-lhe um filho nos braços!É inevitável, minhas meninas... não vale a pena andarem aí armadas em boazonas que quando menos esperarem, já tá! Estejam, pelo menos, atentas e não deixem a criança cair ao chão, faxabor!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Roubo

Já não há pachorra para tanta conversa sobre o Orçamento de Estado. Já não há pachorra para tanta escandaleira, tanta crítica e tanta demagogia. Independentemente de ser aprovado assim ou com alterações, este alarido todo já lesou os portugueses. Em quê? Na sua tranquilidade, no seu sossego. Já lhes danificou a capacidade de sonhar e planear. Já pôs os portugueses a fazer mais contas à vida e a adiar este ou aquele investimento. Não é justo, isto não se faz.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mas o que é que se passa?

Ora hoje como já estou irritada, vai mesmo um email com nomes e tudo. No início deste mês telefonei para o Pingo Doce de S. João de Ovar a encomendar uma comida. Daquelas em que a menina, num anúncio televisivo, e com um sorriso maior do que o Mundo, vem dizer que são iguais às da nossa avó; que se destinam a quem gosta de comer comidinha caseira mas não tem tempo para a fazer. Para mim, estes argumentos são os dois uma treta. Primeiro porque nunca tive a felicidade de comer comidinha cozinhada pelas minhas avós, porque uma nem conheci e outra morreu quando eu era pequena e, segundo sei, nunca comi nada cozinhado por ela. Depois porque não é bem tempo que me falta, é mesmo mais pachoca e jeito. Bom, adiante. Deixei-me influenciar pelo anúncio, é verdade, pelo "venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro"... Meus amigos! Foi tamanha complicação para ser atendida que nem fazem uma pequena ideia! Primeiro porque me disseram que não faziam essa ementa para o dia que eu queria; depois já faziam; depois faziam mas mais dois quilos do que aqueles que eu queria; bom, foi castigo. Não suei a fazer a comida, mas suei bastante para que fosse satisfeita a minha encomenda. Só um aparte: a publicidade está correcta. Diz: "venha ao Pingo Doce", não diz "telefone para o Pingo Doce". É que o telefone toca, toca, e toca... e ninguém atende! Quando fui lá e perguntei porque é que ninguém atendia a porra do telefone, disseram-me que era porque o telefone estava no escritório e nem sempre está gente no escritório. Para esta menina e para o Sr. Jerónimo Martins, tenho um anúncio a fazer: JÁ INVENTARAM OS TELEFONES SEM FIOS! É que esta malta dos negócios anda tão ocupada que vejo que ainda não deu conta desta magnífica e prática invenção! Faço este anúncio gratuitamente, para que o Sr. Jerónimo possa providenciar alguns exemplares para as suas lojas. É que é uma seca, incomoda um bocadinho, querermos uma informação e não a conseguirmos pelo telefone...
Pois esta experiência do telefone voltou a repetir-se hoje. Precisava de uma informação das Lojas Sportzone. Liguei para a de Ovar, Gaiashopping, Braga, para a da sede que vem no site e nada! Liguei, liguei, liguei, fiquei com a sensação que se me tivesse deslocado à loja sportzone mais perto aqui de casa tinha perdido menos tempo e eis senão quando uma vozinha me atende do outro lado da linha. "Bolas! Onde raio têm a porcaria do telefone que há mais de meia hora que ligo e ninguém atende?" Responde a menina: "nem sempre estamos perto do telefone". Respondo eu: "o telefone é que tinha que estar sempre perto de vocês!"
Demorei nem dois minutos a obter a informação pretendida. Demorei mais de meia hora a tentar a ligação. Valeu-me que enquanto esperava, fui passando a ferro. Valeu-me também um trocicolo no pescoço. É de mim, ou está tudo doido?

sábado, 9 de outubro de 2010

Mais festa!

Hoje a minha princesa mais pequenina faz 9 aninhos. De manhã, a minha irmã fez-lhe uma surpresa: foi buscá-la à aula de dança e levou-a à cabeleireira. Resultado: unhas pintadas, cabelo cortado e penteado todo fashion. Veio de lá num sino. Depois, camisola e casaco a estrear, para um almoço em casa da avó. Mais um bolinho, mais um cantar de parabéns. Tinhamos-lhe dito que não fazíamos aqui festa com as amiguinhas, mas o conformismo dela deu-nos a volta e então resolvemos convidar três amigas para virem cá brincar com ela. Estão só quatro meninas, ali no quarto, a brincar, mas parece que a casa está cheia! À noite recebemos os amigos mais crescidos porque, na verdade, todos querem celebrar a passagem de mais um aniversário da B. É distraída até mais não, despistada e despassarada, mas é um doce e, ao contrário da maioria das crianças, nunca exige nada e fica contente com qualquer coisa. É a nossa B., agora um aninho mais velha!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Parabéns!

Ontem festejamos o aniversário do meu sogro, que fez 80 aninhos! Aproveitamos a onda e festejamos também o aniversário da minha mais nova que daqui a nada completa 9 anos. Éramos 29 pessoas a almoçar, o que num apartamento pode revelar-se numa tarefa complicada. Felizmente acho que correu tudo mais ou menos, apesar de não ter tido tempo de confirmar junto das pessoas. A festança de ontem - as minhas cunhadinhas encarregaram-se de trazer o lanche - faz com que hoje, a estas horas, possa estar aqui refustelada a escrevinhar (há restos que vamos aproveitar para o jantar). Estou, portanto, de férias da cozinha! Iupi!
Com a crise tenho que pôr os talentos escondidos a render... Eu e a mais velha fizemos um bolinho de aniversário que até ficou bonito, não ficou?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Voyeurismo

O (des)Governo também é adepto desta modalidade. Já sabemos agora de onde vem o vício dos tugas de andarem sistematicamente a vasculhar na vida dos outros. O (des)Governo acabou de o fazer. Como? De uma maneira muito subtil, como sempre. Ameaçou que quem não pusesse a sua vida ao soalheiro, não receberia abono de família. Perante tal ameaça, muitos foram aqueles que (imagine-se só!) se prespegaram à porta dos Centro de Segurança Social às 4 horas da manhã! Houve centros em que as senhas de atendimento esgotaram às 9h30!
Ontem esse mesmo (des)Governo anunciou que uma família que tenha a descaradeza de receber um vencimento quase milionário de 630 euros, não terá direito a qualquer abono de família. Ora pergunto eu: não podiam ter feito o grande favor de anunciar isto há uma semana atrás? Já que não dão benesses nenhumas, teriam feito, pelo menos, com que muitos portugueses não tivessem perdido o seu tempo a preencher papeladas inúteis.
Resumindo: uma humilhação pegada. Onde é que isto vai parar?
Sou portuguesa, pago os meus impostos e tenho a certeza de que mereço muito melhor do que isto.

Terror

Vivemos num clima de terror. Mais uma subida anunciada e mais um período de tempo em que vamos viver amedrontados com o facto desta subida poder vir a implicar cortes na vida dos nossos filhos. Ontem na televisão, uma senhora sintetizou este clima. "Nós vamos vivendo, empurrão daqui, empurrão dali, agora os nossos filhos? Como é que vai ser?" É disto, de facto, que temos medo. De termos que privar os nossos filhos de alguma coisa que eles julgam ser um direito adquirido. Porque eles sempre ouviram dizer que "não pode ser", "não há dinheiro", mas a coisa acaba sempre por aparecer... e se houver um dia em que isso passar de semi-ficção à realidade?
Mas dou razão ao governo. Porque ele está certo de que ainda há muitos furos por apertar no cinto do povo. Quando vemos hóteis cheios em tempo de férias; quando vemos bilhetes esgotados, ainda agora, para os U2; hóteis a cobrar por dormida 200 Euros e a abarrotar pelas costuras, o que é que pensamos? Que ainda há por aí muito dinheiro... não necessariamente em todas as famílias, em todas as casas, mas ainda há muito dinheiro. Quem não se pode privar de nada é a malta desta pesadíssima máquina governamental que esbanja dinheiro como se fossemos o país mais rico do mundo. Dá mesmo vontade de embalar a troxa e zarpar.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Viva o Porto!

Sem qualquer conotação clubística, adoro o Porto! Na sexta-feira tive que ir lá e descobri que ainda estou apaixonada pela cidade. Só a estação de S. Bento é mágica! Eu sei que todos os locais de partida/ chegada acabam por ter alguma magia, só que esta estação é especial porque foi, para mim, durante muuuuitos anos, a porta da cidade. Para lá da estação, havia um mundo por descobrir... gente, muita gente, muitas montras e artigos que nem se sonhava que existiam! (Em Ovar a moda chegava, mas muito devagarinho). Mal saíamos da estação, lá estavam as mulheres, redondas, a apregoar os "chocolates a cem", "carteiras para todos os documentos a cem" e, no Outono, juntavam-se a estes, o pregão e o cheiro da castanha assada. Furávamos a cidade pelo túnel onde continuava o movimento embalado pelo homem do acordeão, que entoava canções melancólicas... Só no outro dia é que descobri que gosto da música Stereo Love, porque o acordeão transporta-me para esta época!

domingo, 26 de setembro de 2010

Fim-de-semana para a engorda

Este fim-de-semana foi para esquecer, devido às calorias que ingeri, bem entendido! Começou logo na sexta-feira por uma jantarada para comemorar o aniversário do J. e do T. Boa comida e óptima companhia, muita conversa e muita felicidade. Gosto muito desta família e eles sabem. Desejo-lhes tudo de bom, porque eles merecem. No Sábado foi o almoço em casa dos papás e para continuar os estragos, marchou um bacalhauzinho com natas que estava 5 estrelas! Para rematar, fui jantar uma francesinha com algum do pessoal que foi à Alemanha, mas desta vez também foram maridos, esposas e filharada. Continuou a ser muito, muito bom estarmos todos juntos! No domingo, ao almoço, a minha cunhadinha R., que eu adoro, preparou uma ementa de luxo! Comi carapaus de escabeche que estavam divinais, mais um caldinho verde que estava de comer-e-chorar-por-mais, um bocadinho de arroz de cabidela (ui, ui) e ainda torta de noz! Eu sei, eu sei que mais vale sustentar um burro a pão-de-ló... tou aqui que não posso... mas soube-me tudo tão bem que não consegui resistir a nada... mea culpa. A minha barriga não parece um balão, É UM PNEU SÓ. Amanhã tá decidido: pão e água e em quantidades reduzidas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Massagem nas escolas

Já há muito tempo que andava atenta a este tema e surgiu a oportunidade de ir fazer, no passado fim-de-semana, esta formação a Lisboa. Custou um pedação deixar as meninas, mas não podia desperdiçar a oportunidade. O maridão foi comigo e apanhou uma seca monumental à minha espera mas valeu mesmo muito a pena. Adorei a formadora que é, simultaneamente, a co-fundadora do Programa Massagem nas Escolas. Adorei o conceito e a forma como é aplicado. Estou habilitada a desenvolver este programa em escolas, instituições, associações ou em encontros para pais. Durante esta semana vou estudar muito e digerir toda a informação que me foi fornecida mas acho que este é mesmo o caminho. Agora pode ser um cadinho estranho, porque é tudo muito novo, mas no futuro estou convicta que esta será uma prática corrente. Agradeço à minha mana e aos meus pais o apoio prestado com as meninas, ao marido, pela seca que apanhou e às minhas princesas por terem aguentado firme esta ausência. Nunca tinha estado tanto tempo separada delas!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mas o que é que se passa?

Venho aqui para dar conta que ontem, início de mais um ano lectivo, deixei a mais velha na sua escola. Excepção feita a uns carros a mais do que o costume, diria que foi um momento muito tranquilo. Depois, deixei a mais nova na escola dela. A professora titular está de licença de maternidade e até ser colocada uma professora de substituição, será a coordenadora a assegurar o trabalho. Nem isto é dramático, porque a coordenadora foi professora daquela turma nos 1º e 2º anos, por isso, conhece-os de gingeira. Após uma breve reunião, os pais sairam da escola e foram às suas vidas. Estranho, muito estranho. Não houve confusão, barulho, indignação, ameaças de transferência dos meninos para outra escola, professoras com cara de má... hum... isto não me está a cheirar nada bem... o que é que se passa aqui, ein? Não me lembro de um início de ano lectivo assim. Até as listas de material estão mais pequenas! Francamente, sinto-me intranquila com tanta tranquilidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nostalgia

Hoje, aqui em casa, como em muitas outras casas, é o último dia de férias dos mais novos. Depois de mais de dois meses de pausa, a inventar o que fazer, hoje é um dia esquisito. Por um lado estou feliz, porque as minhas filhas têm saúde e todas as condições para voltar à escola, a um ano lectivo que parece estar a começar muito tranquilo para o costume. Por outro lado já estou com saudades delas. Torram-me a paciência, é verdade, mas é muito agradável tê-las à distância do olhar ou do ouvido. Para a semana, recomeçam os dias cheios de horários, papeladas, trabalhos de casa e reclamações. Ainda me lembro da primeira vez que foram para a pré... é o tempo a passar! Um excelente ano lectivo para todos os alunos, professores, auxiliares de acção educativa e pais!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Blagh!

Tenho uma vida muito pouco interessante e isso eleva a dificuldade em escrever neste blog. Se eu me cruzasse com muita gente durante o dia, se tivesse uma vida profissional cheia, se viajasse e essas coisas todas, não me faltariam temas nem de escrita, nem de conversa. Assim, fica mesmo muito difícil... isto é só para explicar à meia dúzia de pessoas que vai passando por aqui (que pretenciosa, acho que há meia dúzia de pessoas que se dão a este trabalho!) que não é por preguiça que não escrevo mais regularmente e coisas mais interessantes. É mesmo porque não tenho muito para contar... às vezes fico contente por não ter que aturar mais ninguém senão a mim, que já é um grande bico-de-obra. Mas às vezes tenho muitas, imensas saudades do ambiente de trabalho, das pessoas que entrevistava, dos funcionários do restaurante, das pessoas com quem me cruzava na rua, das novidades, do fervilhar dos dias de fecho do jornal... das conversas soltas com os colegas, do que partilhavam comigo sobre as suas vidas, do que eu partilhava com elas sobre a minha...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Casamento

No Sábado, aqui a famelga foi a um casamento. Acho que foi a primeira vez que fui a um casamento sem conhecer qualquer um dos noivos. A festa foi bonita, o sítio era muito agradável, os funcionários muito simpáticos e a comida estava boa. É bom sentir o alto astral que normalmente se vive nestas comemorações: gente bem vestida e bem penteada, diversão, alegria... um dia bem passado, portanto.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ataque

Hoje informaram-me, da escola da mais velha, que os horários só saem lá para quarta-feira e que, mesmo assim, é melhor telefonar antes para confirmar. Adoro esta adrenalina. Não saber se vou conseguir tomar conta do recado sozinha ou se vou ter que pedir ajuda a alguém para levar/buscar meninas... Se houver um dia em que o ano lectivo comece sem problemas garanto-vos que me dá uma coisinha má. É que há nove anos que corro para as escolas e há sempre uma emoção qualquer reservada para a última. Ou é o professor que fica-não-fica, ou o horário que não sai, ou a sala que não é a mesma, enfim, reservam-nos sempre um imprevisto qualquer penso que para nos avisar que tudo o que se passar a seguir será canja ultrapassado que está este obstáculo inicial. Mas a melhor mesmo foi terem avisado, na véspera, os pais de uma turma que aqueles 20 alunos iam passar a frequentar outra escola. Essa, de facto, foi de mestre. Não aconteceu, mas foi a maior emoção até hoje vivida no seio do complexo sub-mundo pomposamente denominado de comunidade escolar.

Ensino obrigatório

Ora muito bem. O dia ainda vai a meio e já gastámos 143,39 Euros com os livros da mais velha e 34,90 Euros com os da mais nova. Ainda falta um livro para ambas, o que significa que a conta ainda vai aumentar.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pequena Terra







Hoje fomos visitar o Mosteiro de Alcobaça e depois de almoçarmos muito bem fomos à Pequena Terra. Trata-se de uma quinta onde é possível realizar diversas actividades. As meninas participaram num ateliê de fazer biscoitos, fizeram desenhos, andaram de burro, saltaram no tranpolim, apanharam morangos e plantaram um rebento de morangueiro. Em família demos um passeio de charrete. Foi muito mas mesmo muito agradável, esta tarde. Na volta, ainda fomos ao Sítio, na Nazaré e passamos por S. Martinho do Porto.



Tenho que dar os parabéns aos monitores e às estagiárias do Pequena Terra, pela sua simpatia, disponibilidade e empenho!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Scorpio

Hoje fomos ao Scorpio, Parque Aquático em Guimarães. Chegamos lá por volta das 15h00 e o tempo estava encoberto. Mal fizeram a digestão, meninas foram para a água. Nas 3 horas que lá estiveram, choveu, trovejou e fez sol! O calor esteve sempre presente mas foi engraçado vê-las mergulhadas na água e à chuva! O que é certo é que quando chegamos o parque estava semi-cheio e quando caiu a chuva o pessoal assustou-se e sumiu! Conclusão: meninas queriam que estivesse pouca gente e, de facto, ficou pouca gente! Este parque é bom para quem tem crianças pequenas, pois as piscinas são pouco fundas. Para quem tem filhos maiores, não tem grande história.
Depois de tanto exercício, hamburguers e francesinhas para todos! Eu, como nem pus o pé na água, fiquei-me pelo cachorro...

Centro Lúdico de Oliveira de Azeméis

Quem me falou desta estrutura foi a Romy e uma salva de palmas para ela! O edifício, já de fora é bonito. Quando entramos somos recebidos com a maior das cordialidades e, por ser a primeira vez, temos direito a visita guiada e tudo! O Centro Lúdico é um espaço para todas as idades e não é só teoria, pois comprovamos isso mesmo, com os nossos próprios olhos. Tem uma sala com brinquedos para bebés, outra para jogos e outra que parece uma lojinha, com roupas para os mais pequenos se disfarçarem e com uma oficina para quem gostar de carros. Ao mesmo tempo é possível ver filmes com auscultadores, para que o som do filme não aborreça quem está e, também, para que quem está a ver o filme ouça tudo. Uma pequena esplanada com alguns brinquedos ao fundo é a cereja no topo do bolo. Há ainda uma pequena cafetaria junto à recepção e casas-de-banho muito coloridas! Em baixo, uma mesa de ping-pong, uma de matraquilhos e uma de bilhar fazem as delícias dos mais crescidos - não só jovens, como pais e avós. Mais computadores, mais filmes, música e uma wii são ofertas que se podem encontrar neste espaço amplo. Nesta cave existe ainda um local onde se realizam oficinas de culinária ou de trabalhos manuais. Esqueci-me de dizer que há um outro espaço onde se contam histórias ou se visionam filmes num écran maior... há ainda uma biblioteca onde, em tempo escolar, há sossego para se fazerem os trabalhos de casa ou estudar. Mais casas-de-banho completam a cave. Bom, enquanto a mais pequena se estreteve a vestir e despir fatiotas e a simular cozinhados, nós os três fomos jogar Uno Spin. Ainda estavamos a aquecer, chegou um menino e perguntou: posso jogar com vocês? E lá se sentou e desvendou algumas regras. O Centro Lúdico é mesmo assim! Proporciona o convívio entre os seus utentes, tenham a idade que tiverem! Também quero um espaço destes em Ovar! Recomendo vivamente!

Queimar os últimos cartuchos

A festa de aniversário da I., na sexta-feira, foi muito animada. Muita conversa, comidinha, bebida e um jogo da Wii que é de mais! Just Dance, parece que é assim que se chama! Por entre as crianças e jovens, ainda consegui vez para dar um pézinho de dança e foi mesmo muito agradável pois eu adoro dançar, mesmo estando muito enferrujada. No Sábado, e depois do almoço em casa dos papás, viemos aqui a casa dar uns retoques que se impunham. Isto está a ficar cada vez mais organizado e ainda bem. Caos, definitivamente, não combina comigo. No Domingo só saímos ao final da tarde para comer um geladinho na Capriccio, antes Fiorano e antes ainda Venezia. Bom, não foi bem um geladinho... Foi mais mesmo um fondue de chocolate com cinco bolas de gelado que eu e a filhota mais velha partilhamos. Ontem fomos ao Centro Lúdico de Oliveira de Azeméis. Por ter sido tão agradável, merece um post só para ele.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Parabéns!

Hoje, uma das mulheres da minha vida faz 15 anos. O nascimento desta menina-mulher foi muito especial, porque eu e o A. envolvemo-nos muito no antes, no durante, e no depois, que é o agora. Ainda estava na barriguita da mãe quando os seus pais me convidaram para madrinha e ao meu marido para padrinho. Foi uma emoção tão grande! Chorei e tudo! Não sabíamos o que vinha lá, mas eu queria muuuuuuito uma menina. Quando a tia A. anunciou que o bebé já tinha nascido e que estava tudo bem, a pergunta impôs-se: e é menino ou menina? "É menina!" Até pulei!
Parace mentira que já se passaram 15 anos... a bebé que nos tratava por Mi (madrinha) e Pi (padrinho) está uma mulherzinha, linda, linda e já a fazer as suas escolhas. Minha querida e doce I.: que a felicidade te dê sempre colo; que a alegria te abrace e a serenidade te embale...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Down

Estou tão down, tão down que nem vontade de me queixar eu tenho.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Segurem-me senão eu fujo!

Hoje a B. lá voltou a pegar nos livros, mas a muito custo. Não sabia o que era uma Nação e, consequentemente, não sabia quais eram os nossos símbolos nacionais. Disse que a árvore que dá azeitonas chama-se azeitoneira e que este fruto serve para fazer vinho. Para além de caminhar, não conseguiu descobrir mais nenhuma palavra da família de caminho. Acham que me atire já ao mar ou espere por um daqueles dias bem frios e com uma brisa cortante?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ai que saudades!


Hoje andava à procura de uma coisa e fui à Papelaria Carvalho. Mal entrei dei de caras com uma pilha de livros escolares, com certeza para satisfazer encomendas. Lembrei-me de quando eu era estudante e da azáfama que se verificava nas papelarias, nos tempos que antecediam o regresso às aulas. Mal era afixada a lista dos livros nas escolas, lá íamos nós copiar os títulos, autores e editores. De lista na mão, corríamos para as papelarias para dar conta do que pretendíamos. Depois era esperar, esperar, com muita ansiedade à mistura... Os livros chegavam a conta-gotas e o estômago embrulhava-se só de pensar que algum podia não chegar a tempo do início do ano lectivo... Cada livro que chegava era tratado como um tesouro. Desfolhávamo-los com cuidado e depois comprávamos papel (ou um tipo de plástico) para os encaparmos. Era mágica esta espera, com o tempo a arrefecer, o cheiro dos livros novos, as capas imaculadas...

As minhas filhas nem perguntam quando chegam os livros...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O minuto em que tudo muda

Há dezenas de famílias para quem a vida, a partir de hoje, nunca mais vai ser igual. Mas assistirmos assim, quase em directo, à tragédia que tomou, mais uma vez, conta das nossas estradas, aproxima-nos dessa realidade. Muitos, a esta hora, estão a chorar a perda dos seus entes e, para esses, a vida nunca mais vai ter a mesma cor. Para todos os outros que, sobrevivendo aos acidentes, viveram-nos de perto, também vai ser muito difícil esquecer aquele cenário de destruição. Somos mesmo pequeninos e frágeis. Lutamos tanto por tanta coisa e num minuto, a nossa vida e a daqueles que nos são próximos muda para sempre. E para sempre é mesmo muito tempo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Dentista

Esqueci-me de dizer! No meio disto tudo, ainda arranquei um dente à mais velha. Pronto, pronto, eu sei que não é uma prática muito entusiasmante, mas eu gosto de arrancar dentes às crianças. Ouvir aquilo estalinho é uma coisa deliciosa... costumo pôr gelo, para atenuar a dor, mas quando me pedem ajuda, normalmente, a coisa já está numa fase muito avançada. É só mesmo agarrar no dentinho (às vezes é difícil, porque são tão pequeninos) e zás, tá cá fora. As minhas filhas também não se importam nada de os arrancar, porque depois aparece a fada dos dentes que lhes põe uma moeda e uma prendinha (generosa esta fada, não?) Depois, quando crescemos, somos, nós próprios, outra versão da fadas dos dentes: vamos ao dentista, deixamos lá o dentinho (escusa de ser debaixo da almofada, pode ser mesmo na gamela de inox) e, no final, várias moedinhas, muitas mesmo (escusa de ser em moedinhas, pode ser mesmo em notas ou, mais prático ainda, em pagamento multibanco)!

Produzir

Calcorreamos o mercado e nada de encontrar um pano com as cores pretendidas. Fomos à Cortinar e apesar do grande esforço do B. que nos mostrou tudo, tudo, nada tinha os tons. Foi então que decidimos voltar à Catherine e comprar uns lençóis rosa, uma capa de edredão lilás, duas almofadas rosa e uma lilás. Passámos de novo pelo mercado, pois tinhamos visto um tapete que eu achava que ia ficar muito bem. Não tinham lá nenhum mas deram-nos a morada para irmos a casa deles à tarde.
A dita tarde foi assim: fomos comprar o tapete, passamos pelo Continente para eu comprar umas coisas para fazer o lanche para amanhã, fomos buscar o C. para ele dar aqui um jeito na mudança deste mesmo PC, viemos para casa, pusemos o tapete no chão - ficou lindo! - e eu fui para a cozinha. Enquanto os homens trataram da mudança do PC e de ver se a Internet já circula pela casa toda, eu fiz uma quiche de frango e cogumelos, outra de queijo, fiambre e mortadela, duas pizas enroladas de atum e ainda as tartes (que já vos foram apresentadas) de requeijão e tomate. Depois de nos sentarmos a comer qualquer coisa, ainda fui dar uma limpadela na secretária da mais nova, que está impecável, pendurei um quadro, estendi uma máquina de roupa, deitei a mais pequena e vim aqui, dar conta disto tudo. Sinceramente, estou a ficar um cadito cansada. Dá para eu acordar, um destes dias, e não ter que fazer nada, mas nada mesmo?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Isto não está a ser divertido

Pensava eu que a parte da decoração ia ser divertida, mas não está a ser nada, nada. Ainda não conseguimos arranjar uma capa de edredão com os tons pretendidos para o quarto da mais velha. E olhem que corremos muito! Desde Continente a Jumbo, passando pela Catherine Não-Sei-Quê, duas casas no Norte Shopping, a Zara Home e Gato Preto, entramos nelas todas e nada!
Entretanto o meu pai já fez o favor de pendurar o espelho no quarto da L. que o quis deitado! Hoje vamos ver o que há mais aqui para pendurar e para enfeitar. Quanto ao edredão, amanhã vou ao mercado ver se arranjo um pano giro e mando fazer uma capa. Senão, compro uma capa lisa e arranjo quem lhe faça umas aplicações. Sem edredão é que ela não fica!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Desilusão

A loja perfeita deixou de o ser. Ontem fomos à Ikea para comprar a secretária para o quarto da mais velha. Medimos, perguntamos, olhamos, voltamos a perguntar e embora a melhor opção não fosse a ideal - queríamos a secretária toda branca e aquela era branca e bétula - achamos que, de todas, era a melhor. A filhota mais velha tirou as referências, tudo direitinho. Quando chegamos ao armazém o funcionário disse que estava ESGOTADA! Ora não seria mais simples a menina já ter fornecido essa informação quando estavamos a ver a secretária? Podíamos, até, ter optado por outra. Assim, foi uma viagem completamente em vão. Não gostei.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Melhor era impossível

Já voltamos da revisão! A minha mais pequena portou-se lindamente e não ficou com xeliques e tremeliques como é o seu hábito. Foi tirar sangue para análise e portou-se como uma senhora! Sem escandaleiras, o que, nestes ambientes de clínicas/ consultórios/ hospitais é, verdadeiramente, de estranhar. Com a mais velha está tudo ok e eu tenho uma infecção no supra não-sei-das quantas. Isso significa que vou marchar para a fisioterapia que é um mimo! Ai que a idade não perdoa...

Inspecção

Ontem não adiantei muita coisa por aqui. A cómoda já chegou, já forrei as gavetas e já as enchemos de tralha! Mas nada de entrar em pânico, ainda há uma gaveta que está vazia. O quarto da mais velha começa a ficar com ar de quarto, o que já não é mau. Entretanto tá difícil encontrar um tapete para o dito cujo... Como os últimos dias foram muito agitados, com as pinturas, arrumações e tudo e tudo e tudo, sinto-me como se estivesse de ressaca... doi-me o corpo todo e só me apetece descansar...
Hoje é dia de inspecção. Vamos fazer uns exames, as 3. Estamos mesmo no ir. Depois conto como foi. Inté.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Parabéns a eles!

Ontem os meus pais completaram 51 anos de casados. É obra! Nós, os filhos, preparamos aqui em casa um almoço para eles e esteve tudo bem disposto. Muito sinceramente, acho que esta é mesmo a melhor prenda que lhes podemos oferecer... estar tudo em paz e sossego.
Ora bem, mas com tanta mão de obra disponível aqui em casa, era pecado não arrumar mais umas coisitas... assim, a mobília da mais velha já cá canta, excepção feita para a cómoda que ainda não está em condições de vir... Já tá tudo no sítio, a pintura de parede, para uma amadora, não ficou nada mal e as coisas vão-se compondo. Está a chegar a parte mais interessante que são os pormenores de decoração. Vamos lá ver se avançamos para esse ponto ainda durante esta semana.

domingo, 15 de agosto de 2010

Pausa

Ontem houve uma pausa nos trabalhos, porque foi dia de piquenique. Fazemos este encontro há dez anos, no mesmo local. Este ano fomos mesmo, porque a vida é assim mesmo, vai mudando. Para o M.J., a L., o V., e o A. que não estiveram presentes, um beijo enorme! Pusemos alguma da conversa em dia, comemos, bebemos, rimos e os mais pequenos distrairam-se também à sua maneira. Mas o vento frio que se fazia sentir fez-nos sair muito mais cedo do que em anos anteriores. Para o ano quero mais e melhor, se faz o favor!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tudo lixado

O título fica engraçado, mas é mesmo o termo. Depois da mobília lixada, foi tempo, ontem, de aplicar a tinta com uma pistola. Ficou impecável! Salvo alguns insectos que, entretanto fizeram o favor de se agarrar à tinta! O meu pai, todo perfeccionista, disse que hoje ia passar outra camada no que fosse preciso. Portanto hoje, enquanto ele tratou disso, eu arrumei mais umas coisas aqui e lancei-me à pintura. De trincha na mão, ala que se faz tarde para o quarto da mais velha. Já dei a primeira camada e estou à espera que seque para voltar a atacar. Compramos um lilás linnnnnnndo, que com a mobília branca vai mesmo ficar a matar!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mais um passo

Hoje arrumei mais umas coisas e eu e o meu pai lixamos a mobília que vai ficar no quarto da mais velha. Amanhã, se o tempo e as casas de tintas ajudarem, vai ser dia para pintar a dita mobília. De resto está tudo na mesma e ainda não tenho a certeza se papel de parede será a opção certa para tapar os furos que existem no nosso quarto. Assusta-me um cadinho ter que pôr cola no papel e depois colá-lo à parede porque acho que, no meio do processo, algo pode correr mal e depois de colado não há nada a fazer. Mas como amanhã ainda vou estar entretida, a questão, para já, não é relevante.
Outra coisa: a T. escreveu-me um email a dizer que não consegue comentar o que aqui escrevo e que também não se consegue inscrever como seguidora. Alguém pode dar uma ajuda?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

De loucos

Desde sexta-feira que não faço outra coisa senão arrumar. Na sexta conseguimos colocar a nossa cama no sítio e trazer uma outra para o quarto da mais nova. Como já tínhamos trocado as roupas para os armários correctos, parecia que estava tudo bem encaminhado. Mas no sábado a coisa complicou-se quando decidimos atacar a despensa... foi o caos! Compramos mais um móvel no Ikea para fazer de despensa mas o tamanho reduziu-se buéééé! De maneira que foi um tal deitar fora/ reciclar/dar. Resumindo, o que fizemos foi isto: o quarto das meninas passou a ser o nosso; o nosso passou a ser o da filhota mais velha; o escritório é o quarto da mais nova; a despensa é o escritório; o vão da marquise é a despensa. Não foi muita mudança, pois não?
Agora só falta pintar uma mobília de quarto de casal, uma parede e arranjar solução para uma outra parede que está cheia de furos. Falta ainda transferir o pc para o actual escritório e montar como deve ser o quarto da mais velha.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Transformação

A minha sala está completamente diferente. Compramos uns móveis novos, uns cá em Ovar, outros no Ikea e fiquei fã desta loja. O móvel foi mesmo muito fácil de montar, as instruções vêm com todos os pormenores e conseguimos "construir" o nosso móvel depois de comprarmos os módulos que queríamos. Mas como achei que a sala estava muito mais arranjada do que as outras divisões, vai daí, toca a compôr os outros espaços, mas desta vez "com o pêlo do mesmo cão", ou seja, com o que tenho, mudando apenas alguns móveis de sítio. Parece que houve um atentado aqui em casa mas - ainda - não estou em transe. Hoje espero adiantar mais um bom bocado. A ver se até ao final do mês tenho a casa em condições. Podem ficar na torcida?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ai, ai

Como trabalho por conta própria em casa, a coisa, nas férias das meninas, complica-se mais um bocadinho. Como eu costumo dizer, nunca estou de férias e estou sempre de férias, depende da perspectiva. Para além desse meu trabalho, acumulo todas as funções inerentes a uma casa: sou eu que passo a ferro, que arrumo, que limpo, que aspiro, que cozinho, essas coisadas todas. Ora este ano, e para simplificar, decidi fazer férias destas tarefas, à excepção do cozinhar. Aconselho vivamente a todos quantos se encontrarem na mesma situação. Levantei todos os tapetes de casa e não limpei o pó. Irritei-me muito menos com elas porque não me importei com a areia que era mais do que muita por todo o lado. Agora que está oficialmente encerrado o período de praia, é tempo de voltar a arrumar... ufa! Isto cansa! Mas mesmo assim valeu a pena. O mais incrível é que já fizemos tanta coisa e ainda as férias vão a meio...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grande lição

"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros. Apreciem cada momento, agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer" disse António Feio. Ensinamento sábio que eu peço para divulgarem. Como disse o Alexandre Rosas, esta sim, será uma grande homenagem a um grande actor. Pela parte que me toca, tenho andado a arrumar algumas "gavetas"; uma delas a vida fez-me o grande favor de a arrumar por mim (fico triste por dizê-lo, mas soube-me muito bem) e há outra que ainda estou como o forcado diante do touro, sem saber bem como é que hei-de lhe pegar.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Impressão minha?



É só impressão minha, ou estas senhoras são, na verdade, muitíssimo parecidas?


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Jantarada







É por estas e por outras que temos que intensificar as caminhadas. Ontem fizemos um jantar aqui em casa. Para além das almôndegas (obrigada, Cristina! Não foram aprovadas por unanimidade, mas foram por maioria!) também fiz arroz de coelho. Mana, para além das tarteletes, também fez migas, assou alheiras e fez pãozinho com sementes. Filhota mais velha encerrou o buffet com um bolo delicioso feito integralmente por ela!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Deus existe

Hoje estava aqui com um problemazito, nada de muito grave, mas com um assunto para resolver e não sabia mesmo como. Até que um telefonema resolveu a questão em três tempos. Às vezes sabe bem não termos que ser nós a resolver os assuntos!

Frontalidade

Toda a gente que aqui vem sabe que sou eu a autora dos textos. O que significa que estou muito menos à vontade para dizer o que penso. Se este blog fosse anónimo, como tantos outros que sigo com regularidade, podia escrever, sem reservas, o que me vai na alma. Podia escrever sobre todas as pessoas que têm atitudes que me irritam, como a de uma senhora, ontem, a quem eu pedi duas vezes para falar baixo, porque não me interessava que mais ninguém ouvisse e ela, em vez de respeitar, repetia vezes sem conta a história. Só se calou quando eu falei mais alto do que ela, o que é triste. E não, não é nada de que me envergonhe, simplesmente foi algo que eu não queria que se tivesse ouvido como se ouviu. Quando alguém nos pedir para falarmos mais baixo, dá para respeitar o pedido mesmo sem percebermos o porquê?

domingo, 18 de julho de 2010

Escassez

O areal do Furadouro está substancialmente mais pequeno. Isto faz com que a luta pelo espaço se acentue de uma maneira a raiar até o inconcebível. Foi exactamente o que aconteceu hoje. Área concessionada, mais lotada do que o habitual nesta altura do ano e umas veraneantes que decidiram procurar sombra na traseira da barraca que alugaram. Só que esse espaço, no entender de outras pessoas, pertencia a si. Ou seja, vai ser preciso definir a que espaço tenho eu direito quando alugo uma barraca na praia concessionada. Tenho direito à barraca e ao espaço em frente até à barraca seguinte? Tenho direito à barraca e à sombra que ela faz? E quanto mais escasso for o espaço, mais necessidade vai haver de regular estas situações. A dificuldade de encontrar um lugar ao sol chegou, agora, à praia do Furadouro.

sábado, 10 de julho de 2010

Já cá canta mais um!

Já estamos nos 17, lá, lá, lá, lá, lá, lá! Parabéns a nós!

Mudança radical

Depois de ler o título da notícia que hoje abre a página online do JN sinto que nunca mais vou ser a mesma. "Irina sai do hotel de manhã com a roupa da noite anterior". Vejam só a relevância e a elevação deste título... a menina, que pelos vistos é a actual namorada do Cristiano Ronaldo, sai do hotel com a mesma roupa que vestiu na noite anterior. Isto é coisa para transformar, completamente, a vida no planeta... não podia deixar de partilhar com todos este acontecimento do ano...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dou azar


Quando era uma teen, gostava de tudo quanto era montanha russa. Acho que, nestas idades, não se mede bem o perigo e nem se pensa na possibilidade de que alguma coisa pode correr mal. Pois bem, hoje partimos rumo à Bracalândia, que agora se situa em Penafiel. Podia ter também mudado de nome, podia chamar-se Penafilândia, mas o pessoal, que é de olhinhos, decidiu aproveitar já a fama que a Bracalândia tinha e manteve o mesmo nome.

Adiante. Enchi-me de coragem e lá fui andar numa coisada que metia água e tudo. Assustou um cadinho, mas nem correu mal de todo. À tarde, e como o calor apertava, achei que mais uma banhoca daquelas vinha mesmo a calhar. Lá vou na jangadinha, com a famelga lá metida e eis quando a traquitana pára. Mas não parou num sítio qualquer... parou exactamente no ponto mais elevado. Um dos motores tinha aquecido em demasia... o pior de tudo foi que a jangada descaiu ligeiramente, até encontrar o primeiro travão. Aí não achei mesmo graça nenhuma. Depois vieram dois jovens que nos ajudaram a sair, por um corredorzinho lateral minúsculo. Não é por nada, mas acho que sou mesmo eu que dou azar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parque molinológico


É só mais uma ideia. O Parque Molinológico de Ul situa-se, como o próprio nome indica, em Ul e é um espaço que ainda está a crescer e a procurar um rumo mas, mesmo assim, já é muito agradável de se visitar. Tem um merendeiro que, à semana, tem pouca procura. Por isso, quem quiser fazer um piquenique à semana, pode aproveitar o espaço, depois de visitar às mós e o pequeno museu lá existente.

Olha eu, armada em guia turística




Aqui ficam mais duas sugestões. Uma situa-se em Eixo e chama-se Lugar dos Afectos. Já lá tinhamos ido, mas repetimos a visita. A outra situa-se na Amadora, é a Kidzânia. Esta sai bastante mais cara que a primeira, mas um dia não são dias e é, de facto, um sítio muito giro e seguro para levar as crianças.

Sugestão


Tirem um dia destas férias para irem a Ponte de Lima, visitar o Festival Internacional de Jardins. Achei que subiu outra vez de nível e que, este ano, está, de novo, no seu melhor. Passam-se ali momentos muito agradáveis e tranquilos. Já agora, aproveitem e almocem no Picadeiro. O ambiente é óptimo e a comida, melhor ainda. Os preços também não são por aí além.

domingo, 20 de junho de 2010

Cansada mas feliz!

Já andava a conspirar há algum tempo, mas revelei os planos em cima da hora, não fossem fugir todos. Durante um ano lectivo há muita coisa que se acumula pelos armários (dentro e em cima dos mesmos) e muita coisa que vai ficando por fazer. Então aproveitei que a malta estava animada com o início das férias e convidei todos a fazermos uma limpeza. Bem, nem vos digo! A quantidade de papel que mandamos para a reciclagem até assustava! Também aproveitamos e demos uma arrumadela noutros departamentos, como roupa e calçado. Estou toda partidinha - e calculo que os outros também - mas está tudo mais "clean". E as bonecas estão todas penteadinhas e vestidinhas a preceito.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Que saudades!

Ontem estive um cadinho no facebook e o Paulo lembrou-se de colocar lá imensos genéricos de telenovelas que eram transmitidas quando eu era pequenina... foi bonito, foi! De algumas, ainda me lembrava da letra e tudo! Bateram cá umas saudades! Porque é que quando somos pequenos nunca achamos, apesar de nos estarem sempre a dizer, que aquela é, realmente, uma fase espectacular das nossas vidas?

Feira do Doce

No início deste mês de Junho explorei uma nova vocação: vender Pão-de-Ló e Cavacas de Margaride na Feira do Doce. E digo-vos uma coisa: tirando os tempos mortos, que custam muuuuito a passar, gostei mesmo muito! Vendi alguma coisa e conversei imenso; vi pessoal que já não via há um bom par de anos e ouvi histórias de pessoas que se enconstavam ao stand, só para conversar um bocadinho. Sabiam que em Ovar, no antigamente, havia pessoas que iam às casas que fabricavam o pão-de-ló buscar as claras que sobravam? Às claras misturavam cebola ou outra coisa qualquer que houvesse por casa e fritavam, fazendo uma espécie de pataniscas. Foi um senhor que me contou isto. E contou-me ainda que os pobres, ainda assim, alimentavam-se melhor, porque sempre podiam ir à sopa dos pobres. As claras eram para os remediados e não matavam tanto a fome. Afinal, isto dos ditos pobres viverem melhor do que os remediados já é coisa que vem de longe...

Ufa! Tá quase!

Acho que nunca estudei tanto na minha vida, como neste último ano lectivo. Fazer o 3º e o 5º ano do ensino básico num só não é brincadeira nenhuma. Mas para o próximo ano, ninguém me apanha! Vou começar logo a tomar daquelas pastilhas para o cérebro e vão ver... vou chegar a Junho de 2011 como nova e sem ter que parar com a conversa a cada 5 minutos, porque já não me lembro do que é que ia dizer...

Receita, precisa-se!

Dava-me muito jeito gostar de toda a gente. Alguém me diz como é que isto se faz, por favor?

terça-feira, 1 de junho de 2010

As loucuras que cometemos pelos filhos


No sábado, fomos ao Rock in Rio! As miúdas pressionaram e nós decidimos fazer-lhes essa surpresa. É claro que é um absurdo o que se gastou com esta brincadeira, entre o bilhete, as viagens e a alimentação. É claro que não parece nada que somos um país em crise, a avaliar pelas 88 mil pessoas que lá estavam, segundo as informações veiculadas pela comunicação social. Portanto, ainda há furos no cinto para apertar...

Tantos mimos!

Tenho sido muito, muito mimada nestes últimos dias e começo a ficar mal habituada. Na sexta-feira fui convidada a participar num encontro organizado pelo Agrupamento de Escolas do Búzio (Macieira de Cambra) que decidiu reflectir sobre os afectos. Eu fui convidada por ter escrito o livro infantil "O beijinho que ficou por dar". ADOREI, ADOREI o evento! Não posso destacar isto ou aquilo, porque gostei de tudo! Do que vi, do que ouvi, da recepção calorosa, de tudo mesmo! Parabéns a todos os envolvidos na iniciativa porque é sempre importante pararmos e pensarmos nestas temáticas. E já se sabe que se não forem os outros a convidar à reflexão, nunca temos tempo para estas coisas... Ontem fui à Escola do 1º ciclo de Oliveira de Frades, juntamente com a filhota mais velha, para apresentarmos os nossos livros. Foi muito engraçado sentir o carinho dos mais pequeninos e tomar contacto com outras realidades. A Câmara de Oliveira de Frades paga os livros a todos os alunos do primeiro ciclo e oferece a todos os lanches da manhã e da tarde. Uma professora assegurou que a educação é, de facto, uma das apostas da autarquia e isso está provado pela remodelação de todo o parque escolar. É também a autarquia que prolonga as actividades dos alunos durante os meses de Verão, tendo os pais que pagar apenas a alimentação. Foi bom saber que, em alguns sítios, a educação é mesmo uma prioridade.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Braço a torcer

Ok, ok, começo a achar alguma piada ao facebook. Já encontrei algumas pessoas que não fazia a mais pequena ideia onde estariam, por esta altura das suas vidas.

Quinta da Varanda

Já vai um bocadinho fora de tempo, mas tenho mesmo que dizer isto. No passado domingo voltamos à Quinta da Varanda, desta feita para comemorar a primeira comunhão da mais nova. Estava tudo um must, desde os aperitivos até à refeição propriamente dita, passando pela decoração da sala que estava simplesmente... requintada!
Recomendo vivamente este espaço em Ovar, porque os proprietários desconfio que só não andam com os clientes ao colo, porque ainda ninguém lhes fez esse pedido... e como os exemplos vêm de cima, toda a restante equipa de trabalho está sempre empenhada em satisfazer os pedidos dos clientes. Ainda bem que temos espaços assim, aqui na nossa urbe.

Que susto!

Parece que está a acontecer uma guerra civil na minha cozinha mas, afinal, é só pai e filhas a tentarem fazer uma mousse de chocolate. Apanhei um ganda susto, mas estou muito mais descansada...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Desolada

Fiquei desolada quando acordei ontem de manhã. Depois da festa feita no Domingo à noite, por muita gente que até se vestiu de vermelho que é uma cor alegre, vi que estava tudo na mesma no nosso país. A festança foi tanta que pensei que ontem, ao acordar, já não havia desemprego em Portugal, nem crise, nem pobres envergonhados, nem pobres descarados, nem nada dessas coisas. Disseram-me que a festa não era por causa do fim da crise. Que era por causa do Campeonato de Futebol. Temos o país que merecemos.

De arrasar!

No passado fim-de-semana, por razões profissionais mas também pessoais, participei na iniciativa "Todos a dançar". Foi o máximo! Fui à aula de Dança Contemporânea, com a prof. Clara Carrapatoso, à aula de Folclore, com elementos do Grupo Folclórico "Os Moliceiros" e à aula de Jam Dance, com a Áurea Bastos, que não gosta que lhe chamem profissional da dança mas eu chamo e não tenho medo que ela me bata. Isto tudo no sábado. Digo-vos, meus amigos foi muito, muito bom. Durante estas 3 horas não deu para pensar em disparates, nem para ter preocupações, fiz exercício físico e ainda me diverti a valer! A energia dos orientadores foi contagiante! No Domingo fui à aula de Danças de Salão, de Dança Oriental e de Dança Aeróbica. Adorei! Para o ano, se houver, estou lá batida de certezinha absoluta!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Contrastes e calafrios

As políticas deste país metem um bocadinho de nojo. Agora são os cortes no subsídio de desemprego. Concordava se houvesse, como noutros tempos, empregos para todos, tempos em que só não trabalhava quem era malandro. As coisas agora não são bem assim. Os empregos, caso os senhores que mandam não tenham reparado, não abundam. De forma que retirar ao subsídio de desemprego como forma de motivar as pessoas a procurarem trabalho parece-me uma medida tonta.
O que eu gostava mesmo de ver era os senhores ministros a abdicarem das suas benesses, a irem para os seus trabalhos de transportes públicos ou em carros particulares, sem motoristas, secretárias e assessores. Gostava que os seus vencimentos fossem menos gordos, para se equilibrarem as contas públicas. Gostava que as reformas não se acumulassem nos bolsos de alguns enquanto que os outros têm que sobreviver com uma miséria de pensão. Gostava também de saber como é que esta malta consegue encostar a cabeça no travesseiro e dormir descansada.

Encanto

No outro dia fui a um café. A minha filha mais velha queria um gelado, comprei-lho e ela estava a comê-lo, com a indiferença de quem come gelados quando quer. Entrou um casal de avós com a neta, menina talvez com uma década de vida. Dirigiram-se à arca dos gelados e a menina implorava ao avô: vá lá! deixa, deixa, vá lá! O avô acedeu ao pedido da neta, com um sorriso de ternura mas com um ar de quem estava a dispender um pouco mais do que o pensado. A pequena atirou-se ao gelado com uma satisfação que há muito não via. O avô, num acto extravagante, pediu um fino. A avó pediu para beber um golinho. Ficaram todos com um ar prazenteiro, perante uma tarde de excessos. Gostei de ver. Era bom que todos ficássemos gratos e nos deixássemos encantar por estes pequenos prazeres da vida.

Obrigada!

Foi por uma unha negra que fui convidada para o III Encontro de Escritores. Ainda bem que a Junta de Ovar apoiou a edição do meu livro e ainda bem que marcámos a data do evento para 10 de Abril. Tudo isto porque a Câmara Municipal organizou o dito encontro que, para além de uma palestra, incluiu a presença de companhias de teatro e outras que apresentaram textos de escritores vareiros, mas na rua. A Contacto está de parabéns, sobretudo pelo seu cicerone, de se lhe tirar o chapéu! O Sol de Alma brilhou mais uma vez, com as excelentes apresentações que fez... parabéns também ao Carpe Diem e a todos, todos, todos. Foi uma tarde inesquecível. Obrigada pelos mimos. Começo a habituar-me.

domingo, 18 de abril de 2010

Amizades virtuais

Pois esta história do facebook ainda não bate muito bem na minha cabeça. Esta cena marada de receber mensagens a dizer que o Zézinho Da Esquina quer ser meu amigo tem muito que se lhe diga... Estou como o outro: eu ainda sou do tempo em que as amizades se construiam ao longo dos anos, em que primeiro eramos amigos dos vizinhos, com quem brincávamos na rua, depois passávamos para os colegas da escola e assim por diante. Isto de ser amiga de pessoas que não conheço não dá muito para mim. Digam-me lá: tem alguma lógica o Zé Da Esquina, que mora aqui a dois passos, querer ser meu amigo e não me vir dizer isso cara a cara? Pode vir, que eu não mordo! E se é para não pagar o café, venha sem medos que eu prometo que fazemos contas à moda do Porto! Perdoem-me, mas é muita mordenice para os meus fígados.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O beijinho que ficou por dar

Este fim-de-semana foi de mais! No Sábado foi o lançamento do meu livro infantil, na Junta de Ovar. Familiares e amigos fizeram questão de estar presentes e recebi muitos, muitos mimos! À noite foi a comemoração do aniversário da minha sobrinha A. e mais uma oportunidade para revermos a família e estarmos todos juntos em convívio. No Domingo, almocinho fora com filhotas, papás e mana e a seguir, concerto do Orfeão na Igreja Matriz. Ó R. tens cá um vozeirão! Quero ouvir-te mais vezes!
Depois, uma caminhadinha e tempo para nos reorganizarmos para mais um período de trabalho. Obrigada a todos por estes momentos únicos e irrepetíveis. Sou uma abençoada!

sábado, 3 de abril de 2010

Feliz Páscoa


Já houve tempos em que o tempo que antecede a Páscoa e a própria Páscoa me diziam muito. Fazia penitências que me custavam na altura, ia às celebrações todas e a minha fé era verdadeira e inabalável. Participava na Vigília Pascal e o dia de Páscoa era mesmo um dia de festa. Hoje tudo isto não me diz absolutamente nada.
Ora como não participámos nas cerimónias, ficámos em casa. Eis senão quando a mais velha diz que quer fazer um bolo. E fez! Sozinhinha! E não é que ficou de comer e chorar por mais! Bela estreia!

segunda-feira, 22 de março de 2010

O beijinho que ficou por dar


Já andava aqui na gaveta há uns anos... mas agora é que vai ser. Vou editar este livro! Iupi! É um livro infantil que conta a história de um beijinho que ficou por dar. O texto é meu e as ilustrações, soberbas, são da autoria da Marta Baldaia.

Toca a marcar aí na agenda: Lançamento do livro, dia 10 de Abril, pelas 15h30, na Junta da Freguesia de Ovar. De salientar que se não fosse o apoio da Junta, nada disto seria possível.

Grande fim-de-semana!

Deu para tudo, este fim-de-semana! Na sexta à noite, jantar em horna do meu pai e do pai das minhas filhas; no sábado, Festa de Talentos, no Orfeão de Ovar e no domingo, caminhada (de tacões, está bem, mas quem não tem cão, caça com gato) e comemoração do Dia do Pai em casa dos sogros. A bateria está carregada para mais uma semaninha de trabalho!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Raízes e afins

Esta semana foi dura. Entre raízes aprumadas e fasciculadas e outros palavrões que, se não fossem vir nos livros, dariam direito a uma palmada na boca - parecem mesmo asneiras, a sério! - estudei de tudo. Eu sei que o que vou dizer não é politicamente correcto mas... faz jeito a alguém saber o que são sépalas, o androceu ou o gineceu? Os meus sogros são agricultores, levaram uma vida à volta das árvores, plantas e flores e não sei sequer se alguma vez ouviram falar disto. E, garanto, não lhes fez falta nenhuma.

domingo, 14 de março de 2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

Oxalá

A minha filha mais velha acha que o menino que se atirou ao rio não morreu. Que se escondeu e que agora não aparece porque está cheio de medo. Oxalá fosse verdade. Teríamos todos uma hipótese de não voltarmos a falhar.

sábado, 6 de março de 2010

Carências

Sabem do que é que eu gostava, mesmo, mesmo? Era de saber quem anda por aqui a ler o que escrevo... só para ter a certeza que não ando a escrever de mim para mim. Não é que isso faça mal, exercito a escrita e vou reflectindo... mas... truz-truz... está aí alguém?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Manias

Li isto num blog e achei piada. Confessar as manias. Eu tenho algumas:
1 - Não comer fruta;
2 - Fechar a porta de casa e voltar a abrir para verificar se desliguei tudo e/ou se fechei as janelas (não é sempre, mas acontece);
3 - Combinar as molas quando estendo a roupa (é raro colocar molas de cores diferentes na mesma peça de roupa).
E vocês, também têm manias?

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Parabéns mamã!

Hoje a minha mãezoca fez anos. Eu e a minha mana decidimos fazer aqui em casa um almoço, pelos muitos e muitos que a minha mãe já nos ofereceu. Não consigo deixar de me sentir grata pela mãe que tenho, pela sua saúde e pela felicidade que isso representa para todos nós. É uma bênção ter uma família feliz e saudável ao nosso redor... foi um dia muito bem passado e ainda bem. A minha mãe merece tudo isto e muito, muito mais. Parabéns mãe!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tou a delirar

Ia jurar que ouvi, ontem, na rádio alguém a dizer que situação crítica do país só se resolve com uma redução dos vencimentos dos ministros e de toda a máquina governamental. Mas como não ouvi segunda vez esta notícia, já estou a duvidar que a mesma tivesse sido editada... eu, que dizia que não ouvia vozes, acho que comecei agora. Mas tenha sido notícia ou, apenas, fruto da minha imaginação, era uma ideia genial. É que isto de apertar o cinto não pode ser sempre para os mesmos, até porque já não há mais furos para fazer no cabedal.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tanta festa!

Desde o dia 12 deste mês que ando nisto. Arrumações e limpezas, festas e mais festas. Foi o aniversário da filhota mais velha com as amigas; foi o cortejo de Carnaval; foi o jantar de Carnaval com os amigos; foi o almoço, repetição do corso carnavalesco, o lanche e o jantar com os amigos, foi o aniversário da filhota mais velha com a família, ou seja, a minha sala está transformada em salão de festas há mais de uma semana. Feitas as contas, passaram aqui por casa, nestes dias, mais de 40 pessoas. Não posso dizer que não tou um cadito cansadita, mas muito feliz por poder receber estas pessoas todas e por gostar da companhia de cada uma delas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mania das limpezas

O meu apartamento tem uma marquise, de tamanho razoável para uma marquise. Lá cabe a máquina de lavar, a máquina de secar, o cesto da roupa suja, um tanque, o balde, a esfregona mais uma bacia para a roupa e ainda sobra espaço para o estendal. Hoje decidi limpar a marquise e ando há horas nesta luta inglória, de onde saio sempre vencida pelo cansaço. É que por mais que limpe, parece-me sempre pouco limpa. E isto porque, desde que instalaram o gás natural no prédio, as réguas da janela têm que estar semi-abertas. E por essa abertura entra um pó preto, proveniente dos automóveis, que é de assustar! Assusto-me por vê-lo colado por todo o sítio, mas assusto-me ainda mais quando penso que é este o ar que respiramos. Todos os dias.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Que grande pensamento!

Ao dar uma vista de olhos num álbum de fotografias de um corajoso casal que decidiu fazer uma viagem de bicicleta durante nove meses, dei com esta frase: "quando foi a última vez que fizeste uma coisa pela primeia vez?". Dá que pensar, não dá? É que, assim de repente, não me lembrei de nada...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tema tabú

Há um tema de conversa que é mais tabú do que aqueles que eram tabús. Hoje, falar de gays, lésbicas e outros assuntos nessa linha das relações é o prato do dia. É mais fácil encontrar pessoas que falem, sem pudor, da sua orientação sexual ou da sua vida íntima, do que encontrar alguém que confesse quanto ganha por mês. Raramente se consegue obter uma resposta objectiva e eu penso que há duas razões para este fenómeno: ou porque se ganha bem de mais para o trabalho que se tem; ou porque o que se ganha é tão vergonhoso que nem ousamos confessar. Ambas as realidades são bastante duras e vamos por partes.
São poucas as pessoas que acham que ganham um salário justo. A esmagadora maioria queixa-se que o dinheiro que ganha não dá para nada, que isto é só mesmo trabalhar para aquecer, que já há muito que não conjugam o verbo poupar e por aí adiante. Só que alguns destes, que se lamentam, têm consciência que ganham acima da média. Por isso, quando se lhes faz a pergunta: "quanto ganhas por mês?" queremos, no fundo, dizer "ó meu sacana, vê lá se paras de te queixar que bem sabemos que te deves afiambrar com umas milenas dele e, se não te chega, é porque gastas à maluca".
Já os outros não dizem quanto ganham porque, na realidade, ainda não interiorizaram que alguém possa ganhar tão pouco. Entre estas duas realidades, há quem tente ganhar tempo na resposta com a contra-pergunta: "limpo ou sujo?", na tentativa de encontrar ali um meio-termo que não choque tanto. Há também quem diga que o seu vencimento não chega aos quatro dígitos e outros que dizem que ganham entre "x" e "y", como se os vencimentos variassem assim tanto por mês. E quem tem a coragem de dizer quanto ganha, atalha logo com a lista das despesas mensais para provar que, no final, fica tão na miséria como o outro que ganha o ordenado mínimo nacional. Na minha opinião, e já que há um ordenado mínimo, também devia haver um ordenado máximo. E, tal como o primeiro, o valor também deveria ser assim, discreto.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um pouco de equilíbrio

O stress de uma e o deixa-andar da outra desconcertam-me e atrapalham-me os discursos. Nunca posso falar com as duas ao mesmo tempo, porque a conversa tem que ser completamente oposta. A uma tenho que pedir para abrandar, para não exigir demasiado dela própria e para não fazer mais do que é humanamente possível e aceitável. À outra tenho que dizer que sem trabalho nada se faz, que para tudo é preciso empenho e dedicação e que nós é que fazemos essas escolhas. Os discursos são diferentes mas o resultado é o mesmo: não adiantam nada e elas continuam iguais a elas mesmas.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aquecimento, precisa-se!

O edifício da Biblioteca Municipal de Ovar é bonito. Gosto das suas linhas direitas e do eco que fazem os nossos passos quando caminhamos rente à fachada. Gosto daquela entrada ampla e dos livros gigantes. Gosto muuuuuito de todos os funcionários, sempre prontos a ajudar, muito simpáticos, disponíveis, prestáveis. Gosto da rapidez com que sou atendida. Esta semana precisei de ir lá várias vezes e é um sítio onde adoro estar, por todas as razões já citadas. Mas há um senão. Descobri que o aquecimento está desligado. Passei lá 3 horas e para vir embora tive que esfregar os pés que, de estarem tão gelados, não conseguiam dar passada. Perguntei se tinha havido alguma avaria no aquecimento e disseram-me que não... não está ligado porque não há ordens nesse sentido. Eu sei que deve ser uma despesa imensa manter aquele edifício quente, mas senhores responsáveis, por favor! Os livros, documentos e funcionários aquecem-nos a alma; por favor, aqueçam o espaço, principalmente nestes dias gélidos! E já agora, arrefeçam o espaço no Verão... é que também ouvi dizer que em dias quentes, faz um calor de rachar!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Só tou a processar

Ora hoje estendi 3 máquinas de roupa, fiz 3 camas de lavado, limpei 1 sala, 1 cozinha, 2 quartos e 2 casas-de-banho, aspirei a casa toda, fui ao mercado, fui à escola levar e buscar a mais nova, fui à escola buscar, levar, buscar e receber as notas da mais velha e fui comprar umas toalhas para as casas-de-banho. Tirei carne para descongelar, levei a mais nova à dança, dei banho às duas e pus a mesa para o jantar. Arrumei os talheres novos, a toalha de Natal e outra que estava por arrumar, mais a minha roupa que tinha passado ontem a ferro. Um dia produtivo, portanto.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bom ano para todos!

O meu aniversário é no fim do ano, ali mesmo entalado entre o Natal e a Passagem de Ano, numa altura em que, como toda a gente sabe, há muito poucas festas e excessos. À porta de mais uma década decidi dizer basta! Portanto, a comemoração do aniversário foi feita apenas com a família, com um excelente almoço organizado pela mamã e papá.
Com os amigos vou celebrar agora, em Janeiro. Afinal somos ou não donos do destino?
Custou tanto!

Depois de duas semanas a fazer praticamente nada, custou muito voltar à rotina...
Namoro oficial

A minha filha mais nova namora. É mesmo oficial. O namorado já veio cá a casa e, para grande inquietação dela, não estava com totós como me tinha pedido. "Pedi à minha mãe para me fazer totós, mas ela não fez", disse ela, indo direito ao assunto. "Não faz mal, ficas linda mesmo assim", respondeu ele, indo ainda mais direito ao assunto. Alguém me explica como é que isto é possível aos oito anos dela e aos seis anos dele?