terça-feira, 26 de outubro de 2010

Inevitável

Ontem, enquanto folheava um livro sobre saúde (que deve ter os seus 30 anos, mas ninguém lhe dá essa idade, está muito bem conservado) deparei-me com a seguinte frase: "Para a maioria das mulheres, ter um filho é um acontecimento natural e inevitável". A parte do natural está muito bem, mas a parte do inevitável tem graça, não tem? Eu, pelo menos, fartei-me de rir! A menina nasce, cresce, faz-se mulher e pumba, não adianta fugir que, mais cedo ou mais tarde, há-de cair-lhe um filho nos braços!É inevitável, minhas meninas... não vale a pena andarem aí armadas em boazonas que quando menos esperarem, já tá! Estejam, pelo menos, atentas e não deixem a criança cair ao chão, faxabor!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Roubo

Já não há pachorra para tanta conversa sobre o Orçamento de Estado. Já não há pachorra para tanta escandaleira, tanta crítica e tanta demagogia. Independentemente de ser aprovado assim ou com alterações, este alarido todo já lesou os portugueses. Em quê? Na sua tranquilidade, no seu sossego. Já lhes danificou a capacidade de sonhar e planear. Já pôs os portugueses a fazer mais contas à vida e a adiar este ou aquele investimento. Não é justo, isto não se faz.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mas o que é que se passa?

Ora hoje como já estou irritada, vai mesmo um email com nomes e tudo. No início deste mês telefonei para o Pingo Doce de S. João de Ovar a encomendar uma comida. Daquelas em que a menina, num anúncio televisivo, e com um sorriso maior do que o Mundo, vem dizer que são iguais às da nossa avó; que se destinam a quem gosta de comer comidinha caseira mas não tem tempo para a fazer. Para mim, estes argumentos são os dois uma treta. Primeiro porque nunca tive a felicidade de comer comidinha cozinhada pelas minhas avós, porque uma nem conheci e outra morreu quando eu era pequena e, segundo sei, nunca comi nada cozinhado por ela. Depois porque não é bem tempo que me falta, é mesmo mais pachoca e jeito. Bom, adiante. Deixei-me influenciar pelo anúncio, é verdade, pelo "venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro"... Meus amigos! Foi tamanha complicação para ser atendida que nem fazem uma pequena ideia! Primeiro porque me disseram que não faziam essa ementa para o dia que eu queria; depois já faziam; depois faziam mas mais dois quilos do que aqueles que eu queria; bom, foi castigo. Não suei a fazer a comida, mas suei bastante para que fosse satisfeita a minha encomenda. Só um aparte: a publicidade está correcta. Diz: "venha ao Pingo Doce", não diz "telefone para o Pingo Doce". É que o telefone toca, toca, e toca... e ninguém atende! Quando fui lá e perguntei porque é que ninguém atendia a porra do telefone, disseram-me que era porque o telefone estava no escritório e nem sempre está gente no escritório. Para esta menina e para o Sr. Jerónimo Martins, tenho um anúncio a fazer: JÁ INVENTARAM OS TELEFONES SEM FIOS! É que esta malta dos negócios anda tão ocupada que vejo que ainda não deu conta desta magnífica e prática invenção! Faço este anúncio gratuitamente, para que o Sr. Jerónimo possa providenciar alguns exemplares para as suas lojas. É que é uma seca, incomoda um bocadinho, querermos uma informação e não a conseguirmos pelo telefone...
Pois esta experiência do telefone voltou a repetir-se hoje. Precisava de uma informação das Lojas Sportzone. Liguei para a de Ovar, Gaiashopping, Braga, para a da sede que vem no site e nada! Liguei, liguei, liguei, fiquei com a sensação que se me tivesse deslocado à loja sportzone mais perto aqui de casa tinha perdido menos tempo e eis senão quando uma vozinha me atende do outro lado da linha. "Bolas! Onde raio têm a porcaria do telefone que há mais de meia hora que ligo e ninguém atende?" Responde a menina: "nem sempre estamos perto do telefone". Respondo eu: "o telefone é que tinha que estar sempre perto de vocês!"
Demorei nem dois minutos a obter a informação pretendida. Demorei mais de meia hora a tentar a ligação. Valeu-me que enquanto esperava, fui passando a ferro. Valeu-me também um trocicolo no pescoço. É de mim, ou está tudo doido?

sábado, 9 de outubro de 2010

Mais festa!

Hoje a minha princesa mais pequenina faz 9 aninhos. De manhã, a minha irmã fez-lhe uma surpresa: foi buscá-la à aula de dança e levou-a à cabeleireira. Resultado: unhas pintadas, cabelo cortado e penteado todo fashion. Veio de lá num sino. Depois, camisola e casaco a estrear, para um almoço em casa da avó. Mais um bolinho, mais um cantar de parabéns. Tinhamos-lhe dito que não fazíamos aqui festa com as amiguinhas, mas o conformismo dela deu-nos a volta e então resolvemos convidar três amigas para virem cá brincar com ela. Estão só quatro meninas, ali no quarto, a brincar, mas parece que a casa está cheia! À noite recebemos os amigos mais crescidos porque, na verdade, todos querem celebrar a passagem de mais um aniversário da B. É distraída até mais não, despistada e despassarada, mas é um doce e, ao contrário da maioria das crianças, nunca exige nada e fica contente com qualquer coisa. É a nossa B., agora um aninho mais velha!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Parabéns!

Ontem festejamos o aniversário do meu sogro, que fez 80 aninhos! Aproveitamos a onda e festejamos também o aniversário da minha mais nova que daqui a nada completa 9 anos. Éramos 29 pessoas a almoçar, o que num apartamento pode revelar-se numa tarefa complicada. Felizmente acho que correu tudo mais ou menos, apesar de não ter tido tempo de confirmar junto das pessoas. A festança de ontem - as minhas cunhadinhas encarregaram-se de trazer o lanche - faz com que hoje, a estas horas, possa estar aqui refustelada a escrevinhar (há restos que vamos aproveitar para o jantar). Estou, portanto, de férias da cozinha! Iupi!
Com a crise tenho que pôr os talentos escondidos a render... Eu e a mais velha fizemos um bolinho de aniversário que até ficou bonito, não ficou?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Voyeurismo

O (des)Governo também é adepto desta modalidade. Já sabemos agora de onde vem o vício dos tugas de andarem sistematicamente a vasculhar na vida dos outros. O (des)Governo acabou de o fazer. Como? De uma maneira muito subtil, como sempre. Ameaçou que quem não pusesse a sua vida ao soalheiro, não receberia abono de família. Perante tal ameaça, muitos foram aqueles que (imagine-se só!) se prespegaram à porta dos Centro de Segurança Social às 4 horas da manhã! Houve centros em que as senhas de atendimento esgotaram às 9h30!
Ontem esse mesmo (des)Governo anunciou que uma família que tenha a descaradeza de receber um vencimento quase milionário de 630 euros, não terá direito a qualquer abono de família. Ora pergunto eu: não podiam ter feito o grande favor de anunciar isto há uma semana atrás? Já que não dão benesses nenhumas, teriam feito, pelo menos, com que muitos portugueses não tivessem perdido o seu tempo a preencher papeladas inúteis.
Resumindo: uma humilhação pegada. Onde é que isto vai parar?
Sou portuguesa, pago os meus impostos e tenho a certeza de que mereço muito melhor do que isto.

Terror

Vivemos num clima de terror. Mais uma subida anunciada e mais um período de tempo em que vamos viver amedrontados com o facto desta subida poder vir a implicar cortes na vida dos nossos filhos. Ontem na televisão, uma senhora sintetizou este clima. "Nós vamos vivendo, empurrão daqui, empurrão dali, agora os nossos filhos? Como é que vai ser?" É disto, de facto, que temos medo. De termos que privar os nossos filhos de alguma coisa que eles julgam ser um direito adquirido. Porque eles sempre ouviram dizer que "não pode ser", "não há dinheiro", mas a coisa acaba sempre por aparecer... e se houver um dia em que isso passar de semi-ficção à realidade?
Mas dou razão ao governo. Porque ele está certo de que ainda há muitos furos por apertar no cinto do povo. Quando vemos hóteis cheios em tempo de férias; quando vemos bilhetes esgotados, ainda agora, para os U2; hóteis a cobrar por dormida 200 Euros e a abarrotar pelas costuras, o que é que pensamos? Que ainda há por aí muito dinheiro... não necessariamente em todas as famílias, em todas as casas, mas ainda há muito dinheiro. Quem não se pode privar de nada é a malta desta pesadíssima máquina governamental que esbanja dinheiro como se fossemos o país mais rico do mundo. Dá mesmo vontade de embalar a troxa e zarpar.