quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ignorância

Precisava que alguém me explicasse uma coisa que ainda não consegui entender. Quem é que colocou o país na situação em que se encontra? É que esses que nos colocaram aqui é que deviam ser massacrados, ou estou errada? A culpa vai, mais uma vez, morrer solteira, certo? Eu acho que não contribui para esta situação... sempre paguei o que me mandaram pagar, a tempo e horas. E tu, contribuiste? Hoje li um texto sobre a Islândia que, a ser verdade, dá que pensar. Lá não foram de modas e exigiram justiça, disseram basta. Nas eleições limparam para fora do governo os que lá se sentaram nos últimos anos e votaram noutros, diferentes. A coisa parece que resultou. Aqui, ou muito me engano, ou vamos apenas trocar os tons de vermelho... de vermelho+branco vamos passar para o vermelho+amarelo. Resumindo: temos um problema crónico de natureza cromática. O que significa que não vamos sair daqui nunca.
Eu sempre achei pouca graça ao ditado "por um pagam todos", ou "paga o justo pelo pecador". Mas menos graça acharei à máxima que está prestes a ser criada: "por um pagam os outros". Sim, porque ao que parece os causadores de tudo isto vão sair, mais uma vez, impunes. Quando muito o que os espera é uma troca de cadeiras... Triste, muito triste.

1 comentário:

  1. O que aconteceu na Islândia, infelizmente não vai acontecer em Portugal. São povos diferentes. Com educações diferentes. O nosso povo, (salvo as excepções), fala, fala, mas não actua. E a educação do velho conformismo e resignação do “antigamente”, com a ajuda do Clero da Igreja mais influente no povo, ainda prevalece. Se não fosse assim talvez estes senhores gananciosos não tivessem abusado tanto do povo português. Isto é o resultado de antes do 25 de Novembro de 1976 haver pessoas que não tinham dinheiro para comprar um fato e hoje têm fortunas. E é o resultado do aumento de riquezas sem esforço/ produtivo.
    Há muitas explicações para a causa desta situação, mas quem as dá? E como prevês, a culpa vai continuar solteira.
    António Mendes Pinto

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