terça-feira, 17 de maio de 2011

Crónica número 11

Não preciso de muito para me sentir feliz. Ouvir uma música que já não ouvia há muito tempo; ouvir as minhas filhas a rirem-se; esfolhar álbuns de fotografias; ouvir alguém a contar histórias que me englobam também; estar com a família e com os amigos; ouvir boas notícias; experimentar coisas novas; ler livros; beber um galão e comer um pão com manteiga. Estar feliz, para mim, é estar nas nuvens e usufruir desse momento, sem pensar em mais nada. Sou feliz em vários momentos durante um dia e isso é, de facto, uma bênção, principalmente quando olho para o lado e vejo tudo tão descontente.
Li algures que devemos olhar mais para o que temos e menos para o que nos falta. E fico feliz quando reparo que o que tenho é tudo aquilo que não se pode comprar! Uns pais maravilhosos, uns irmãos excepcionais, um marido cinco estrelas, umas filhas encantadoras, saudáveis e lindas (sim, tiram-me do sério vezes sem conta, mas não sou nada sem elas), afilhados maravilhosos, uns sogros do melhor, uns cunhados e cunhadas que muito estimo, uns sobrinhos adoráveis, já para não falar da família mais alargada de primos e primas, tios e tias e todas essas pessoas com quem convivo com menos frequência mas a quem sei que podia recorrer sem hesitações. Para além deste rol, tenho ainda os amigos, a tal família que se escolhe e que eu soube, um dia, escolher a dedo (e ainda não fechei a lista, estou sempre à espera de mais!). Alguns conheço há décadas, outros são mais recentes, outros vieram atrelados aos amigos e tornaram-se amigos também. Uns são mais positivos, outros mais cinzentos, outros mais disponíveis, outros mais divertidos. Todas estas pessoas constituem, para mim, um património de valor incalculável, pessoal e intransmissível. Sou feliz quando penso nisto.

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