quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Presente de Natal

O Natal dos Hospitais, tal como o Festival da Canção, era um acontecimento. A televisão ficava ligada durante todo o dia, apesar de já sabermos que os nomes mais sonantes do panorama musical português actuavam no final da emissão. Em alguns anos era nesse mesmo dia que se fazia a árvore de Natal. Era, por tudo isto, uma ocasião mágica. Hoje também deu esta maratona, eu ouvi anunciar, mas não tive a oportunidade de ver. Quando liguei já ia a festa no Michael Carreira, o que significava que o prato estava no fim. E estava mesmo. Depois veio o pai e depois, o Coro de Santo Amaro de Oeiras. E, de repente, lembrei-me de um excelente presente que me podiam dar neste Natal. A mim e a muitos portugueses. Dava para inventarem outra letra e outra música de Natal? É que mais de 30 natais a ouvir "A todos um bom Natal", parece-me suficiente. Aliás, eu tenho para mim que as vozes ainda são as originais, que os miúdos que ouvimos terão, no mínimo, uns 40 anos também. Portugueses, unam-se por esta causa: não queremos ouvir o "A todos um bom Natal" nos próximos 30 anos. Três décadas parecem-me suficientes para alguém criar outra música e outra letra. E aos 70 anos, voltamos a falar.

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